Eras a imagem do abandono
no palco vazio de histerias.
Ali tua vida floresceu, ejaculou
-- e depois desmaterializou-se.
Mas tua casca não se libertou
das festas, das orgias
do vinho em chafarizes
rubros e dourados
e ela ficou ali, divagando,
até o rsvp para o outro lado.
30.9.03
29.9.03
No debate sobre o uso ou não do Exército para combater o crime nas ruas do Rio, os que são contra imaginam os militares como um "último recurso". Sinceramente, já passou da hora do último recurso. Além do mais, quando é que a gente vai reconhecer que está vivendo uma forma de guerra? Pois se a população anda amedrontada... Meus pais chegaram ao extremo de não sair mais à noite para nada. E olha que moram em Niterói, onde a violência ainda não atingiu o patamar do Rio.
É preciso dar uma resposta rápida à audácia do crime organizado. E acho que o Exército tem um papel aí, sim. Aliás, por falar nisso, acho um absurdo o sucateamento a que as Forças Armadas vêm sendo submetidas desde o governo anterior.
É preciso dar uma resposta rápida à audácia do crime organizado. E acho que o Exército tem um papel aí, sim. Aliás, por falar nisso, acho um absurdo o sucateamento a que as Forças Armadas vêm sendo submetidas desde o governo anterior.
26.9.03
A palestra de ontem no Rio Design Barra correu bem. Fiz uma introdução ao tema do software livre, explicando seus conceitos e sua história, e em seguida Marcos Tadeu, ajudado pelo analista de sistemas Bruno Collovini, explorou a parte mais técnica do sistema GNU-Linux. A platéia respondeu, fazendo todo tipo de pergunta, algumas bastante específicas. O debate foi muito interessante, porque a velha questão Windows versus Linux foi abordada por espectadores usuários de um e de outro, que intercambiaram argumentos diversos para cada lado. Encerramos com um sorteio de broches do Tux, o pingüim-símbolo do Linux, e depois houve uma animada confraternização no Sushi Barra, restaurante japonês no shopping e centro comercial Downtown, que se estendeu até uma da madruga.
Na foto abaixo, tirada pelo Bruno, eu e Marcos nos extremos do palco e em primeiro plano a Elisinha, que gentilmente me ajudou a distribuir os números do sorteio.
Na foto abaixo, tirada pelo Bruno, eu e Marcos nos extremos do palco e em primeiro plano a Elisinha, que gentilmente me ajudou a distribuir os números do sorteio.
25.9.03
Moçada, é hoje o papo sobre software livre e segurança que farei lá no Rio Design Barra (Av. das Américas, 7777, Barra) junto com o expert Marcos Tadeu von Lutzow Vidal.
Espero vocês lá, a partir das 20h!
Espero vocês lá, a partir das 20h!
23.9.03
(reprodução do site oficial do GNU/Linux)
Tá lá na Cora, então reproduzo aqui:
"Vida Digital
Essa semana, é a vez do André Machado: nosso intrépido repórter e o engenheiro Marcos Tadeu Vidal, professor de engenharia de telecomunicações e diretor da consultoria de segurança em TI V2R, vão falar sobre software livre e segurança no próximo encontro no Rio Design Barra. Quinta-feira, dia 25, às 20hs."
19.9.03
18.9.03
O presidente quer botar mais dinheiro em circulação no país diminuindo a conta-gotas os juros e autorizando empréstimos no contracheque.
Fala sério.
Qualquer empréstimo é por definição encalacrante. Acreditem, eu falo por experiência própria.
Por que o governo não demonstra que pensa um pouco nos trabalhadores e estuda para valer uma política salarial, ao invés de largar a gente na chamada "livre negociação"? (Livre só para os donos da $$$, é claro.) Com um salário decente, a gente volta a ser consumidor de verdade e não fica pondo a mesa de casa igualmente a conta-gotas, esticando o ordenado defasado há quinhentos anos.
Dá uma raiva danada ver que nada, absolutamente nada mudou este ano. Nem parece que vai mudar.
Quando foi a última vez que vocês gastaram um dinheirinho sossegados, sem pensar nas conseqüências? No meu caso, isso foi no governo Sarney.
Minha paciência está acabando.
Fala sério.
Qualquer empréstimo é por definição encalacrante. Acreditem, eu falo por experiência própria.
Por que o governo não demonstra que pensa um pouco nos trabalhadores e estuda para valer uma política salarial, ao invés de largar a gente na chamada "livre negociação"? (Livre só para os donos da $$$, é claro.) Com um salário decente, a gente volta a ser consumidor de verdade e não fica pondo a mesa de casa igualmente a conta-gotas, esticando o ordenado defasado há quinhentos anos.
Dá uma raiva danada ver que nada, absolutamente nada mudou este ano. Nem parece que vai mudar.
Quando foi a última vez que vocês gastaram um dinheirinho sossegados, sem pensar nas conseqüências? No meu caso, isso foi no governo Sarney.
Minha paciência está acabando.
17.9.03
De Arnaldo Jabor, ontem, sublime:
Isso: felicidade e medo, a sensação de tocar por instantes um mistério sempre movente, como um fotograma que pára por um instante e logo se move na continuação do filme. Sempre senti isso em cada visão de mulheres que amei: um rosto se erguendo da areia da praia, uma mulher fingindo não me ver, mas vendo-me de costas num escritório do Rio... São momentos em que a “máquina da vida” parece se explicar, como se fosse uma lembrança do futuro, como se eu me lembrasse ali do que iria viver.
Esses frêmitos de amor acontecem quando o “eu” cessa, por brevíssimos instantes, e deixamos o outro ser o que é em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de “compaixão” pelo nosso próprio desamparo, entrevisto no outro.
Isso: felicidade e medo, a sensação de tocar por instantes um mistério sempre movente, como um fotograma que pára por um instante e logo se move na continuação do filme. Sempre senti isso em cada visão de mulheres que amei: um rosto se erguendo da areia da praia, uma mulher fingindo não me ver, mas vendo-me de costas num escritório do Rio... São momentos em que a “máquina da vida” parece se explicar, como se fosse uma lembrança do futuro, como se eu me lembrasse ali do que iria viver.
Esses frêmitos de amor acontecem quando o “eu” cessa, por brevíssimos instantes, e deixamos o outro ser o que é em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de “compaixão” pelo nosso próprio desamparo, entrevisto no outro.
15.9.03
12.9.03
Niver de Mr. Balbio hoje. Vai ter festa. E o fim de semana vai começar... Só amanhã tem uns três agitos para ir. Isso é que é sábado ;-)
Dia de correria e fechamento hoje no caderninho. A correria foi maior do que a habitual porque Mr. Balbio, Elis e eu fomos fotografados e filmados para a final do V Prêmio de Imprensa Embratel, ao qual concorrermos com um especial sobre telefonia móvel que fizemos em 2002.
Elis e eu também cortamos um dobrado esta semana porque aproveitamos para nos atualizar e fizemos o curso de mestre Laércio Vasconcelos para montagem de micros de última geração. Elisinha e eu desmontamos e montamos do zero um micro que funcionou direitinho, na prova final. Já dá para ajeitar a placa de som de lá de casa ;-))
E é claro que saímos de lá com altas idéias para pautas... Imagine se dois curiosos como nós não iam pensar em mil textos possíveis.
Dia de correria e fechamento hoje no caderninho. A correria foi maior do que a habitual porque Mr. Balbio, Elis e eu fomos fotografados e filmados para a final do V Prêmio de Imprensa Embratel, ao qual concorrermos com um especial sobre telefonia móvel que fizemos em 2002.
Elis e eu também cortamos um dobrado esta semana porque aproveitamos para nos atualizar e fizemos o curso de mestre Laércio Vasconcelos para montagem de micros de última geração. Elisinha e eu desmontamos e montamos do zero um micro que funcionou direitinho, na prova final. Já dá para ajeitar a placa de som de lá de casa ;-))
E é claro que saímos de lá com altas idéias para pautas... Imagine se dois curiosos como nós não iam pensar em mil textos possíveis.
9.9.03
"The first and most important rule to observe...is to use our entire forces with the utmost energy. The second rule is to concentrate our power as much as possible against that section where the chief blows are to be delivered and to incur disadvantages elsewhere, so that our chances of success may increase at the decisive point. The third rule is never to waste time. Unless important advantages are to be gained from hesitation, it is necessary to set to work at once. By this speed a hundred enemy measures are nipped in the bud, and public opinion is won most rapidly. Finally, the fourth rule is to follow up our successes with the utmost energy. Only pursuit of the beaten enemy gives the fruits of victory."
(Von Clausewitz)
(Von Clausewitz)
8.9.03
Como o diabo gosta, no aniversário da minha querida Ariadne (esq.), junto com a Glorinha, no agito do Casarão Hermès, na Glória. A semana passada foi realmente uma boêmia só. A foto é da doce Elis Monteiro.
5.9.03
A seta de Eros
Eu a observo
e reflito: como fazê-la entender
que sou eu quem procura?
que somos as peças que se encaixam
em nossas almas tateantes?
Relato maravilhas
para entreter sua noite sem fim.
Scheherazadicamente
forjo as tessituras das histórias
como quem maneja uma harpa de cristal quebradiço.
Mas os círculos negros de seus olhos me perturbam
e sobrevém o silêncio fatal
em que as idéias se afogam
e resta apenas a seta de Eros a fustigar os mamilos.
Ah, será uma longa jornada até o entendimento.
E provavelmente ele virá quando a primeira terra
cair sobre o esquife do poeta.
Eu a observo
e reflito: como fazê-la entender
que sou eu quem procura?
que somos as peças que se encaixam
em nossas almas tateantes?
Relato maravilhas
para entreter sua noite sem fim.
Scheherazadicamente
forjo as tessituras das histórias
como quem maneja uma harpa de cristal quebradiço.
Mas os círculos negros de seus olhos me perturbam
e sobrevém o silêncio fatal
em que as idéias se afogam
e resta apenas a seta de Eros a fustigar os mamilos.
Ah, será uma longa jornada até o entendimento.
E provavelmente ele virá quando a primeira terra
cair sobre o esquife do poeta.
4.9.03
Encontro ontem, na Cobal do Humaitá, de veteranos da Escola de Comunicação da UFRJ, a saudosa ECO, que era um agito só no começo dos anos 80. Havia representantes das turmas de agosto/80 e março/81 (a minha), e o chope foi para lá de divertido. O mote foi a visita da querida amiga Denise Marcolino, hoje radicada em SP, a estas praias cariocas. Estavam lá José Figueiredo, o eterno Fig, Júlia, Carter Anderson, Angélica, Ricardo Cabral, Márcia Elena, Dudu Feijó, Augusto e outros convivas. Arnaldo Bloch deu também uma rápida passada na área. Planeja-se uma grande festa ecoína em novembro, me informa o Fig.