13.6.07
Terminei de ler "O motim do Bounty" (veja comentário abaixo). O livro é um rico painel da vida na marinha britânica no século XVIII. E é fácil nos colocarmos na pele dos amotinados, que à vida dura e cruel no navio preferiram voltar ao Taiti, então considerado "o paraíso do mundo". Ecoa especialmente a voz de um deles, Peter Heywood, que chegou a viver no Taiti e depois voltou à Inglaterra para ser julgado numa corte marcial. Ele escreveu numa carta que todos os esforços que fazemos em nossa vida de labuta são direcionados para que, no fim de nosso tempo terreno, possamos gozar confortavelmente do ócio e do prazer -- os mesmos ócio e prazer que os taitianos têm "desde que vêm ao mundo". Em suma, vale mesmo a pena ralar a vida inteira? Lembremos Wilde: "o ócio é a condição da perfeição". Os donos da grana adoram dizer que o trabalho enobrece, mas enobrece... a eles, né?
1.6.07
Estou lendo "O motim no Bounty", com a célebre história da viagem ao Taiti que acabou em tragédia, com o duelo entre o capitão (na verdade, tenente) William Bligh e Fletcher Christian, em 1789. Já foi levada ao cinema algumas vezes.
É uma história que faz tremer qualquer anarquista, porque mostra como, em situações-limite, a liderança e a disciplina fazem toda a diferença. Mesmo expulso de seu navio, Bligh conseguiu sobreviver no mar e manter seus homens vivos com um mínimo de comida por quase 50 dias e mais de 3 mil milhas até chegar a um porto seguro em colônias holandesas.
O livro é muito, mas muito bom.
É uma história que faz tremer qualquer anarquista, porque mostra como, em situações-limite, a liderança e a disciplina fazem toda a diferença. Mesmo expulso de seu navio, Bligh conseguiu sobreviver no mar e manter seus homens vivos com um mínimo de comida por quase 50 dias e mais de 3 mil milhas até chegar a um porto seguro em colônias holandesas.
O livro é muito, mas muito bom.