Chega o dia
em que se vão as musas
e os versos
se recolhem para o inverno;
o poeta
observa mudo
mais um ano passar
e queima suas mil
declarações de amor
feitas para o éter.
Néscio é o coração
que espera flores de volta;
quem liga para a devoção
nessa aldeia eletrônica de egos?
O poeta dorme e se deixa congelar.