Para J.
Tão jovem e tão séria,
dear, você me faz pensar
se rir de nossas convicções
não é um luxo da maturidade.
Ame-se mais; deixe a
gargalhada
vir lá do fundo do abismo
e sacudir as estrelas;
mire-se na desfaçatez
de Tom, o gato,
e refestele sua alma
numa ofurô tépida
encravada no bosque do Devaneio.
Sim, é preciso montar a Vida
e ser hábil com as rédeas
e domá-la;
mas ao fim e ao cabo
é tudo miragem
então guarde as bobagens
na caixinha de jóias
e deite fora as certezas,
que elas são moventes
como as areias do deserto.
Um beijo.
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