Faz tempo que não posto um poema novo aqui, né? Então aí vai, para o fim de semana...
Lanterna oriental
Seus olhos riram
e sua boca tocou a minha
sob a velha mangueira no campus;
ohmeudeus como ela é linda
foi tudo que o estudante perplexo
pôde dizer ao seu peito.
e hoje, cozido pela vida em fogo brando,
quando me lembro dela
eu ainda me sinto um aluno relapso
porque deixei aqueles olhos partirem
porque deixei que me partissem a alma
porque deixei ao silêncio o aparte.
Ah, solidão que me envolve
qual cilindro de fótons severos,
você nada me ensina
a não ser escrever versos
e inscrever meu próprio nome
no pequeno panteão de meus antepassados
voejando sob uma lanterna oriental.
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