23.5.03

"Os eus na rede se liberam de restrições cognitivas; mas esse suposto suplemento da alma não pode tomar o lugar dela, de nossa essência."

"Todo universo, enquanto tal, é uma rede, diz Leibniz. E a entrada na época das redes mudou a problemática da compreensão das identidades."

"O sentido é construído pelos atores para eles mesmos. Há mais individualidade, mais interiorização.".

"Com o apagamento dos lugares do eu e a multiplicação dos não-lugares, dá-se a renovação da tarefa filosófica."

"O apagamento dos lugares pode ser comparado à perda da dimensão do eu, pois ele perde a resistência ao mundo ao se liberar de parte de sua memória."

"O eu na rede está cada vez mais ávido de outros eus."

(Alguns pedaços das considerações de Jérôme Bindé, do departamento de análise da Unesco, no seminário "O eu em rede")

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