eu hoje não quero falar com o poema
quero esboeteá-lo
açoitá-lo
e deixá-lo sangrar ao relento
fitando de olhos turvos
a aurora boreal no inferno.
não
na verdade eu quero gritar com o poema
até ele se encolher num canto da estação
e depois flanar sobre os trilhos eletrificados
e desertar do exército de zumbis.
de verdade?
eu só quero fumar um hollywood
e investigar o oceano
em silêncio
e pensar em todos os erros
que cometi com você.
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