28.12.04

Tenho um coração-prisma
que dispara auras psicodélicas
por todos os postigos;
é-me impossível amar com fronteiras.

não dá para pôr frames
no sentir, no desejar;
não se pode encerrar
o que pulsa
num único quarto
se a gente quer
todos os cômodos
e dizer para aquelas
com as faces que tonteiam:
"um beijo, suplico."

Não à posse;
sim à liberdade sem fio
sim aos ímãs femininos
que me fazem chorar de tanta beleza.

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