Sem você, só tenho as letras
Teu silêncio é torturante --
mais que o fel que destilas amiúde quando te cansas de mim.
Meu pecado capital é o orgulho
que sempre transborda condimentado pela ira.
Perdoa, pois,
este arremedo de ser humano sem deus.
Sem estas mal traçadas
eu seria apenas um amontoado de órgãos e secreções
um prisioneiro da jângal.
Não sei rezar, apenas escrevo e tateio o esplendor como Tânatos
para ao menos ouvir um fiapo de ressonar do Espírito.
E sem ti, claramente embaixadora de algum condado celestial,
mansamente enlouqueço
dentro do labirinto de carne, química e eletricidade.
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