13.1.04

Um pulinho rápido à terra da garoa hoje. Fui e voltei, em vôos sossegados e observando o tapete de nuvens sobre Rio e Sampa. Depois de uma conferência com altos bytes de complexidade, supercomputação e arquiteturas cabeludas, foi bom olhar o céu e simplesmente refletir.

Mas é igualmente interessante estar em aviões menores, que ficam em altitudes mais baixas e permitem ver a terra (ou o mar) lá embaixo. Nesse sentido, um dos vôos mais fantásticos em que estive foi num jatinho da Embraer usado pela United entre Los Angeles e San Diego, na Califórnia. Acabara de chover e o dia estava ficando ensolarado, com nuvens esparsas. Eram mais ou menos três horas da tarde e o avião passeava entre as nuvens, voando baixo sobre a costa do Oceano Pacífico. Era como se eu estivesse no meio de esculturas gigantes de algodão-doce sobre o mar, torneadas pelo vento. A impressão que se tinha era que esbarraríamos em alguma divindade greco-romana esquecida naquele labirinto de nuvens.

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