Adaptado de minha correspondência:
"A vida dita estável tem muitos frutos doces, mas também os frutos amargos. O principal deles está impresso numa frase sua, que mostra como o dia-a-dia descaracteriza nossa essência. Isso provoca aquela angústia nos momentos mais improváveis, que eu e você conhecemos bem. Talvez seja por isso que dizem que a felicidade é feita de momentos. Porque no intervalo desses momentos, há outros, muito duros, contra os quais a gente precisa lutar. Para afugentar a sensação de solidão."
Que em 2006 seja possível vencer todas as lutas, afugentar todos os fantasmas, e subir às colinas verdejantes da Harmonia, levantar a espada e gritar "sim" para o cosmo.
30.12.05
29.12.05
Ah! que delícia estar com você
e falar de tudo e de nada
e perceber a vida circulando pela mesa
como os elétrons riscam o céu do átomo.
E beber devagar o líquido de ouro
que se tempera mais com seu riso;
e sentir o sangue inflando o coração
como se quisesse sair em chafariz
e gritar liquidamente a paixão absoluta
que faz de meu corpo refém
todas as vezes que a abraço.
e falar de tudo e de nada
e perceber a vida circulando pela mesa
como os elétrons riscam o céu do átomo.
E beber devagar o líquido de ouro
que se tempera mais com seu riso;
e sentir o sangue inflando o coração
como se quisesse sair em chafariz
e gritar liquidamente a paixão absoluta
que faz de meu corpo refém
todas as vezes que a abraço.
26.12.05
12.12.05
Nas últimas três semanas, fui quatro vezes a São Paulo, a trabalho, para eventos diversos. Como sempre, o fim de ano está mais corrido do que nunca. Aproveitei ao menos um fim de semana para comemorar meu niver em Nikity City com um churrasco e relaxar um pouco. Já estou na versão 4.3...
Espero ainda poder rever antes do apagar das luzes do ano alguns amigos que não encontro há vários meses. Haverá alguns chopes pela frente, pois.
Fiz também uma resenha sobre uma antologia de João do Rio lançada há pouco. Saiu no Prosa e Verso deste sábado, ainda está no site de O Globo.
Espero ainda poder rever antes do apagar das luzes do ano alguns amigos que não encontro há vários meses. Haverá alguns chopes pela frente, pois.
Fiz também uma resenha sobre uma antologia de João do Rio lançada há pouco. Saiu no Prosa e Verso deste sábado, ainda está no site de O Globo.
25.11.05
Boa notícia! Eu e Elis Monteiro somos finalistas do Prêmio Imprensa Embratel pela reportagem "Muito mais que dez anos", publicada no Info Etc. A entrega do prêmio é daqui a duas semanas, com festa no Canecão. Agora é cruzar os dedos e torcer.
21.11.05
12.11.05
De volta de Brasilia, onde estive num evento de TI. Aproveitei para tomar uma cerveja com a querida Cristina De Luca, excelente papo e uma das mentes mais lúcidas deste país. No Rio, com ela superocupada em O Dia e eu envolvido com as reportagens do Info Etc, raramente conseguimos nos encontrar, mas um evento techie sempre oferece uma ótima oportunidade para rever os amigos.
7.11.05
Bárbara Veloso (Babs) e este escriba no dia do aniversário dela, 31/10. A festa foi na Taberna do Juca, na Lapa, e diversão não faltou. A galera do Globo Online compareceu em peso e no fim acabou todo mundo na calçada da taberna, jogando muita conversa fora e consumindo incontáveis chopes.
Na volta, peguei carona com Clarissa e Gilberto, grandes amigos da Elis Monteiro, e pudemos contar com a inédita versão de "Strangers in the night" entoada pela Fátima Iocken, a mulher mais animada que já existiu na face do planeta.
Foi uma daquelas noites em que a gente se sente mais jovem (e eu estava meio down, porque acabara de voltar das férias e, sabe como é, os primeiros dias do batente deprimem...). Nada como uma festa para espantar o baixo astral.
Na volta, peguei carona com Clarissa e Gilberto, grandes amigos da Elis Monteiro, e pudemos contar com a inédita versão de "Strangers in the night" entoada pela Fátima Iocken, a mulher mais animada que já existiu na face do planeta.
Foi uma daquelas noites em que a gente se sente mais jovem (e eu estava meio down, porque acabara de voltar das férias e, sabe como é, os primeiros dias do batente deprimem...). Nada como uma festa para espantar o baixo astral.
4.11.05
Depois de ler "A alma encantadora das ruas", de João do Rio, e de passar uma temporada mergulhado na "Trilogia suja de havana", do Pedro Juan Gutiérrez (que adorei), estou absorto na série "A torre negra", de Stephen King. Já li os dois primeiros dois volumes (o segundo em poucos dias) e estou começando o terceiro. A história combina influências de Tolkien, poemas épicos e faroestes do Sergio Leone. O personagem principal foi claramente inspirado no ator Clint Eastwood, ou pelo menos nos tipos que ele imortalizou na telona. E tem um nome adequado: Roland.
31.10.05
20.9.05
Bem gostoso o lançamento do livro ontem. Recebi as visitas de Mestre Carlos Alberto Teixeira, Elis Monteiro, Leonardo Pimentel, Cristina Azevedo, minha querida Cida Calu, Fátima Iocken, Bárbara Veloso (a musa do livro) e muitos outros amigos. Ri muito com meus partners Fernando de Oliveira e Aroaldo Veneu e depois fui esticar em Nikiti City.
Isso é que é começar bem a semana.
Isso é que é começar bem a semana.
2.9.05
Amanhã, às 10h, eu e mestre Fernando de Oliveira daremos uma entrevista no programa da Promo Info na Rede Record sobre o novo livro, escrito com mestre Aroaldo Veneu, "Linux: comece aqui".
O lançamento do livro já está marcado: vai ser dia 19 de setembro, na Letras e Expressões, em Ipanema, a partir das 20h. Em breve vou botar um JPG do convite aqui.
O lançamento do livro já está marcado: vai ser dia 19 de setembro, na Letras e Expressões, em Ipanema, a partir das 20h. Em breve vou botar um JPG do convite aqui.
31.8.05
Open-house na casa nova da Elis Monteiro no sábado. Foi uma festa hilária, com direito a coreografias da Fátima e a vôos involuntários de taças de vinho da anfitriã. Aproveitei para levar o violão (algo que não faço há milênios numa festa) e tocar um pouco para a galera. Foi bom desenferrujar os dedos e me deixar levar pela música uma vez mais. Sérgio Maggi estava na parada também.
21.8.05
Safadeza depois do plantão
Dance comigo, morena
Encoste sua cabeça na minha
e diga as mais terríveis sacanagens
com um sopro tênue no meu ouvido.
Eu não quero saber de nada do que acontece
Só quero saber de você.
Do seu lead e sublead
De suas retrancas
De seus boxes
Dos seus "olhos"
Da "suíte"
Dos seus suplementos
Das mentiras do seu horóscopo
Deixa o mundo passar
que as grandes novas
logo ganham bengalinhas
e saem para passear com um namorado
ou uma corvina.
Morena, hoje somos só nós dois
e aquele CD ali.
Dance comigo, morena
Encoste sua cabeça na minha
e diga as mais terríveis sacanagens
com um sopro tênue no meu ouvido.
Eu não quero saber de nada do que acontece
Só quero saber de você.
Do seu lead e sublead
De suas retrancas
De seus boxes
Dos seus "olhos"
Da "suíte"
Dos seus suplementos
Das mentiras do seu horóscopo
Deixa o mundo passar
que as grandes novas
logo ganham bengalinhas
e saem para passear com um namorado
ou uma corvina.
Morena, hoje somos só nós dois
e aquele CD ali.
17.8.05
Reunido com a galera de três semestres da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO), na festa que comemorou os 25 anos de entrada na universidade da turma de agosto/80. Foi um dia hilário, num sítio da Barra, com direito a muita cerveja. Eu até joguei futebol (ou melhor, tentei, meu joelho inchado é testemunha). Foi realmente o maior barato. Revi alguns coleguinhas que não encontrava há quase três décadas.
2.8.05
Eu não falei? Acaba de sair do prelo meu novo livro, escrito junto com Fernando de Oliveira e Aroaldo Veneu. "Linux: Comece Aqui" é o título, e ele é o diário de um usuário que se encontra pela primeira vez com o sistema operacional de código-fonte aberto simbolizado pelo pingüim, e conta sua experiência. O livro é voltado para quem não conhece o Linux e foi baseado na distribuição Fedora Core 2. Em breve, aviso aqui quando e onde será a noite de autógrafos. O prefácio do livro é de Mr. Marcelo Balbio e a quarta capa, de Elis Monteiro.
31.7.05
Fui visitar outro dia minha querida amiga Alessandra Archer, para finalmente conhecer seu filho Pedro. Foi muito bom revê-la, e botamos nosso papo em dia. Pedro é gente boa demais, muito simpático.
Nada como estar com os amigos: é o que tempera a vida.
Nada como estar com os amigos: é o que tempera a vida.
De volta de NY a trabalho, semana passada. A capital do planeta estava envolta num calor insuportável, mas seu charme é imune a qualquer clima. No meio de lançamentos de bits e bytes, uma parada no Blue Note para curtir um show do pianista de jazz Ahmad Jamal, inacreditável em termos de quantidade de convenções musicais numa mesma peça. O baterista Chris Mohammed fez um solo memorável, extremamente melódico, atento à afinação de cada tambor. Orgasmático.
Nos momentos de folga, me demorei no Central Park, livrarias, Trump Tower, Disney store, fui até Times Square (de novo -- em 2000 estive lá, vi "Chicago" na Broadway antes de o filme ser feito e subi o Empire State) e depois descansei num Starbucks.
O bar do hotel onde estava -- o W New York, na avenida Lexington com a rua 49 -- era excelente e ficava animado todas as noites. Projetava vídeos com efeitos relaxantes nas paredes, como o de uma cortina de água. Os jornalistas se reuniam ali no fim de noite para uns drinques antes de apagar de cansaço na cama. Meu eleito foi o mojito: bacardi limón, gelo, limão e menta.
Nos momentos de folga, me demorei no Central Park, livrarias, Trump Tower, Disney store, fui até Times Square (de novo -- em 2000 estive lá, vi "Chicago" na Broadway antes de o filme ser feito e subi o Empire State) e depois descansei num Starbucks.
O bar do hotel onde estava -- o W New York, na avenida Lexington com a rua 49 -- era excelente e ficava animado todas as noites. Projetava vídeos com efeitos relaxantes nas paredes, como o de uma cortina de água. Os jornalistas se reuniam ali no fim de noite para uns drinques antes de apagar de cansaço na cama. Meu eleito foi o mojito: bacardi limón, gelo, limão e menta.
18.7.05
Wal e eu tivemos um fim de semana de folga após as confusões da mudança (me mudei para mais perto da escola de minhas filhas, no fim de maio): Jessica passou uns dias em São Paulo, num mega-evento de animes, e Rebeca foi curtir as férias com as primas. Aproveitamos o tempo perfeito de sábado e domingo para passear sem destino por Icaraí e depois tomar um vinho. Lembrei-me dos tempos de namoro, em que, juntos, só curtíamos os prazeres, antes de partir para o desafio real da convivência, que é o casamento.
Namorar é uma delícia. Só o uso dessa palavra me faz um velho nesse mundo de multibeijos na boca na mesma noite e "ficantes". Bom, eu também já fiquei algumas vezes, e reconheço que é bom, mas namorar é muito melhor.
Namorar é uma delícia. Só o uso dessa palavra me faz um velho nesse mundo de multibeijos na boca na mesma noite e "ficantes". Bom, eu também já fiquei algumas vezes, e reconheço que é bom, mas namorar é muito melhor.
4.7.05
Gripadão, no sábado, aproveitei que tinha que ficar em casa mesmo para assistir aos shows do Live 8 transmitidos ao vivo pela MTV. Foi muito legal ver a formação original do Pink Floyd reunida, e a paixão do velho (e bote velho nisso) Roger Waters ao cantar as músicas mesmo fora do microfone. Outros shows muito bons foram os de Paul McCartney, Elton John, Annie Lennox, Green Day (em Berlim) e Madonna. Não vi o The Who, só um flashzinho, mas pareceu legal também.
26.6.05
Meu primeiro teste com o serviço de imagens do Blogger, aproveitando um ensaio de 1983 com milha velha banda, o Estrada Fróes, no Teatro do Instituto Gay-Lussac, em Niterói.
O ensaio foi em junho daquele ano e nos preparava para um show no teatro da UFF, que ocorreu no dia 7 de julho seguinte e foi um marco na história da banda. Esta durou mais ou menos até 1992, com várias formações.
Hoje mal tenho tempo de pegar meu violão e sinto muita falta de empunhar uma guitarra e mandar ver.
Para mim, não há nada como um bom show de rock, estando você no palco ou na platéia. Mas no palco a sensação é indescritível.
É como diz o The Who: long live rock, be it dead or alive ;-)
Oh yeah.
22.6.05
Quando a alma está inquieta
não há paisagem que a apazigue:
adeus, montanhas cobertas de verde
adeus, pinheirais de cheiro impoluto
vocês não podem curar
uma criatura torturada
pelas próprias sinapses.
Talvez o mar:
sim, pois o mar encerra em si a beleza e a morte
e é como o fantasma mutável
que vive no sótão de nossos órgãos.
não há paisagem que a apazigue:
adeus, montanhas cobertas de verde
adeus, pinheirais de cheiro impoluto
vocês não podem curar
uma criatura torturada
pelas próprias sinapses.
Talvez o mar:
sim, pois o mar encerra em si a beleza e a morte
e é como o fantasma mutável
que vive no sótão de nossos órgãos.
14.6.05
Filosofando no chope, já com saudade da bela morena que acabara de sair da mesa... Só mesmo Nelson Vasconcelos para conseguir fazer a foto do meu real estado de espírito.
9.6.05
Boa notícia: ganhei, junto com Elis Monteiro, o prêmio interno do Globo de melhor matéria do mês nos suplementos do jornal com a reportagem "Muito mais que dez anos", publicada em maio, sobre os primórdios da internet brasileira.
Yesssss!
Yesssss!
7.6.05
O beijo que não houve
Foram poucos minutos
mas nós jogamos o jogo
-- você não parou de sorrir;
eu olhava para baixo
e dizia qualquer coisa
E Eros brincava, invisível,
entre nós.
Teria sido perfeito
o beijo que, no fundo,
queríamos roubar ali mesmo
na calçada
no meio da tarde
num tesão súbito de outono.
Mas o Momento se impacientou
e apertou o passo.
Você foi para o litoral
e eu, para o deserto.
O beijo, no entanto,
permanece suspenso no ar
se queixando do desperdício.
Foram poucos minutos
mas nós jogamos o jogo
-- você não parou de sorrir;
eu olhava para baixo
e dizia qualquer coisa
E Eros brincava, invisível,
entre nós.
Teria sido perfeito
o beijo que, no fundo,
queríamos roubar ali mesmo
na calçada
no meio da tarde
num tesão súbito de outono.
Mas o Momento se impacientou
e apertou o passo.
Você foi para o litoral
e eu, para o deserto.
O beijo, no entanto,
permanece suspenso no ar
se queixando do desperdício.
29.5.05
Sou poeta
e onde tu vês chuva e vento
eu vejo a fúria das esferas e cristais derretidos
Torneio palavras
e onde tu lês o fato
eu percebo a conjuração de almas impenitentes
Escolho a pena
e onde tocas a textura da tinta
eu sinto o cheiro de sangue.
Eu não tenho profissão
Eu não tenho planos
Eu não tenho a porra da sinergia
com o universo mesquinho
dos escravos engravatados
da mais-valia globalizada.
Eu sou só poeta
e o poeta, se for um navio, será sempre o Titanic
se for uma ilha, será sempre Krakatoa ou Santorini
se for um dirigível, será sempre o Hindenburg
se for uma civilização será sempre inca, maia, asteca ou sioux.
Eu sou poeta
e morro um pouco a cada verso.
Mas é isso o que ilumina o instante.
e onde tu vês chuva e vento
eu vejo a fúria das esferas e cristais derretidos
Torneio palavras
e onde tu lês o fato
eu percebo a conjuração de almas impenitentes
Escolho a pena
e onde tocas a textura da tinta
eu sinto o cheiro de sangue.
Eu não tenho profissão
Eu não tenho planos
Eu não tenho a porra da sinergia
com o universo mesquinho
dos escravos engravatados
da mais-valia globalizada.
Eu sou só poeta
e o poeta, se for um navio, será sempre o Titanic
se for uma ilha, será sempre Krakatoa ou Santorini
se for um dirigível, será sempre o Hindenburg
se for uma civilização será sempre inca, maia, asteca ou sioux.
Eu sou poeta
e morro um pouco a cada verso.
Mas é isso o que ilumina o instante.
18.5.05
Um de meus filmes favoritos é o musical "My fair lady", baseado em "Pigmalião", de Bernard Shaw. E o pai fanfarrão da personagem de Audrey Hepburn, Alfred Doolittle, canta algumas das mais divertidas músicas. Como "With a little bit of luck". Aqui, alguns trechos...
The Lord above gave man an arm of iron
So he could do his job and never shirk.
The Lord gave man an arm of iron, but
With a little bit o' luck,
With a little bit o' luck,
Someone else'll do the blinkin' work!
The Lord above made liquor for temptation,
To see if man could turn away from sin.
The Lord above made liquor for temptation, but
With a little bit o' luck,
With a little bit o' luck,
When temptation comes you'll give right in!
The Lord above gave man an arm of iron
So he could do his job and never shirk.
The Lord gave man an arm of iron, but
With a little bit o' luck,
With a little bit o' luck,
Someone else'll do the blinkin' work!
The Lord above made liquor for temptation,
To see if man could turn away from sin.
The Lord above made liquor for temptation, but
With a little bit o' luck,
With a little bit o' luck,
When temptation comes you'll give right in!
17.5.05
Elis Monteiro, eu e, no fundo, a doce Mariana Ceratti num recente evento de telecom. Dia de trabalho, mas também do prazer de reencontrar os coleguinhas.
24.4.05
19.4.05
13.4.05
O tempo magnífico da baía de San Francisco (com um frio de 10 graus) durante o evento Color Sense, da Xerox. E uma turma de coleguinhas internacionais: Emil (Polônia), María (Argentina), eu e Dan (Romênia). Ao fundo, a outrora temível ilha-presídio de Alcatraz.
Parte da turma latino-americana no mesmo evento: María, eu, Carlos (Argentina) e Letizia (México). Tomamos um longo café no Starbucks e falamos sobre tudo: literatura, política, jornalismo e, é claro, tecnologia.
Outra viagem. Com coleguinhas muito legais: as duas Carolinas (Oliveira, do Jornal de Brasília, e Quintella, do JB Online) numa pausa num evento da EMC em Campos do Jordão.
A turma toda reunida para um "chops" no centro de Campos do Jordão. Esta turma foi uma das mais animadas com que já viajei.
5.4.05
De volta, pessoal, depois de uma semana no friozinho da costa oeste dos EUA, em San Francisco e Portland, a trabalho. Visitei um dos templos do saber techie, o Parc (Palo Alto Research Center), que muito contribuiu para nosso dia-a-dia de bits e bytes atual. Contarei tudo no Info Etc de segunda-feira. Aguardem.
23.3.05
É isso aí, moçada.
"AUMENTO ZERO NÃO
Jornalistas lotam o Sindicato e decidem lutar contra tese xiita
Um evento como há muito não se via no Rio de Janeiro. Auditório lotado, os jornalistas profissionais deram um show de solidariedade e mobilização na assembléia da noite de ontem. Por praticamente unanimidade, foram rejeitadas as propostas patronais de rádio e TV e jornais e revistas de aumento real zero em 2005. A tentativa dos patrões de dividir os jornalistas, propondo abonos diferenciados, foi reprovada. A assembléia autorizou o Sindicato a fechar um acordo somente se os patrões deixarem o radicalismo de lado e entenderem que temos direito a aumento real para compensar um sacrifício que dura quatro anos, com reajustes inferiores à inflação.
A assembléia autorizou o Sindicato carioca a iniciar um movimento com o Sindicato de São Paulo para alertar a opinião pública a respeito do desinvestimento nas redações e na qualidade do jornalismo. Em São Paulo, os jornalistas de jornais e revistas conseguiram um aumento real além dos abonos, mas o acordo com rádio e TV não foi fechado, apesar de a data-base ser em dezembro, porque lá também eles insistem no mesmo radicalismo: zero de aumento real. No caso do Rio o radicalismo é ainda mais incompreensível porque os veículos tiveram um desempenho em 2004 superior à média nacional. Em um ano o aumento do faturamento bruto com publicidade foi de 33,15% nas TVs, 20,61% nos jornais e 37,91% nas rádios.
Os patrões insistem no princípio xiita do aumento zero em vez de se abrirem ao diálogo (como sempre fizemos) e aproveitarem o momento favorável da economia para começar a pagar sua dívida conosco. Por aceitarmos reajustes inferiores à inflação nós acumulamos, em quatro anos, perdas que somam 11,99% na mídia impressa e 14,5% nas emissoras. Sem contar a inflação de 5,8% do último ano. A assembléia considerou a proposta de aumento real zero um radicalismo sem sentido e rejeitou um acordo só com esmolas, ou melhor, abonos. Por mais interessante que pareça em um primeiro momento, todos sabemos que abono vira pó rapidamente. Precisamos começar a repor as perdas que aceitamos em nome de uma recessão que não existe mais.
O momento é de mobilização e o sucesso do nosso movimento depende de você. A assembléia de ontem mostrou que os jornalistas querem lutar por qualidade de vida. Se você acha que chegou a hora de parar de perder salário, aceite o desafio de convencer seu colega, seu chefe, seu editor e a direção de sua empresa de que nossa reivindicação é simplesmente justa. Os representantes patronais têm argumentado que o momento brasileiro é bom, o desempenho do setor foi sensacional, mas não podem dar aumento porque não sabem como será o futuro. Mas não é assim mesmo que as coisas funcionam? Por acaso só teremos direito a aumento quando eles tiverem uma lâmpada de Aladim ou uma bola de cristal para adivinhar um futuro eternamente grandioso?
É importante você saber que não estamos falando de futuro, mas de um ano de grande desempenho positivo das empresas, de fevereiro de 2004 a janeiro de 2005. E de quatro anos de perdas passadas. Quando aceitamos as perdas, não usamos o argumento ridículo de que o futuro seria melhor. Se a economia brasileira piorar no futuro, saberemos, como sempre, agir com flexibilidade e dividir o prejuízo. Mas agora temos direito à divisão de um bolo que cresceu muito. A maioria das categorias profissionais no Brasil tem conseguido aumentos reais em função disso. Não há motivo para discriminação contra os jornalistas. Não somos categoria de segunda.
Mobilize sua redação, chame o colega para a discussão, fortaleça sua categoria e prestigie seu sindicato. Faça reuniões, debata, pressione. Use os adesivos que vamos distribuir contra o radicalismo do aumento real zero. Prepare-se para a próxima assembléia, que vamos convocar provavelmente na próxima semana. Vamos dizer que os jornalistas do Rio decidiram não trocar seus direitos e sua dignidade por abonos passageiros. E que não concordamos com um radicalismo absurdo que prega o aumento zero em tempo de vacas magras ou gordas. Não ao aumento zero!
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro"
"AUMENTO ZERO NÃO
Jornalistas lotam o Sindicato e decidem lutar contra tese xiita
Um evento como há muito não se via no Rio de Janeiro. Auditório lotado, os jornalistas profissionais deram um show de solidariedade e mobilização na assembléia da noite de ontem. Por praticamente unanimidade, foram rejeitadas as propostas patronais de rádio e TV e jornais e revistas de aumento real zero em 2005. A tentativa dos patrões de dividir os jornalistas, propondo abonos diferenciados, foi reprovada. A assembléia autorizou o Sindicato a fechar um acordo somente se os patrões deixarem o radicalismo de lado e entenderem que temos direito a aumento real para compensar um sacrifício que dura quatro anos, com reajustes inferiores à inflação.
A assembléia autorizou o Sindicato carioca a iniciar um movimento com o Sindicato de São Paulo para alertar a opinião pública a respeito do desinvestimento nas redações e na qualidade do jornalismo. Em São Paulo, os jornalistas de jornais e revistas conseguiram um aumento real além dos abonos, mas o acordo com rádio e TV não foi fechado, apesar de a data-base ser em dezembro, porque lá também eles insistem no mesmo radicalismo: zero de aumento real. No caso do Rio o radicalismo é ainda mais incompreensível porque os veículos tiveram um desempenho em 2004 superior à média nacional. Em um ano o aumento do faturamento bruto com publicidade foi de 33,15% nas TVs, 20,61% nos jornais e 37,91% nas rádios.
Os patrões insistem no princípio xiita do aumento zero em vez de se abrirem ao diálogo (como sempre fizemos) e aproveitarem o momento favorável da economia para começar a pagar sua dívida conosco. Por aceitarmos reajustes inferiores à inflação nós acumulamos, em quatro anos, perdas que somam 11,99% na mídia impressa e 14,5% nas emissoras. Sem contar a inflação de 5,8% do último ano. A assembléia considerou a proposta de aumento real zero um radicalismo sem sentido e rejeitou um acordo só com esmolas, ou melhor, abonos. Por mais interessante que pareça em um primeiro momento, todos sabemos que abono vira pó rapidamente. Precisamos começar a repor as perdas que aceitamos em nome de uma recessão que não existe mais.
O momento é de mobilização e o sucesso do nosso movimento depende de você. A assembléia de ontem mostrou que os jornalistas querem lutar por qualidade de vida. Se você acha que chegou a hora de parar de perder salário, aceite o desafio de convencer seu colega, seu chefe, seu editor e a direção de sua empresa de que nossa reivindicação é simplesmente justa. Os representantes patronais têm argumentado que o momento brasileiro é bom, o desempenho do setor foi sensacional, mas não podem dar aumento porque não sabem como será o futuro. Mas não é assim mesmo que as coisas funcionam? Por acaso só teremos direito a aumento quando eles tiverem uma lâmpada de Aladim ou uma bola de cristal para adivinhar um futuro eternamente grandioso?
É importante você saber que não estamos falando de futuro, mas de um ano de grande desempenho positivo das empresas, de fevereiro de 2004 a janeiro de 2005. E de quatro anos de perdas passadas. Quando aceitamos as perdas, não usamos o argumento ridículo de que o futuro seria melhor. Se a economia brasileira piorar no futuro, saberemos, como sempre, agir com flexibilidade e dividir o prejuízo. Mas agora temos direito à divisão de um bolo que cresceu muito. A maioria das categorias profissionais no Brasil tem conseguido aumentos reais em função disso. Não há motivo para discriminação contra os jornalistas. Não somos categoria de segunda.
Mobilize sua redação, chame o colega para a discussão, fortaleça sua categoria e prestigie seu sindicato. Faça reuniões, debata, pressione. Use os adesivos que vamos distribuir contra o radicalismo do aumento real zero. Prepare-se para a próxima assembléia, que vamos convocar provavelmente na próxima semana. Vamos dizer que os jornalistas do Rio decidiram não trocar seus direitos e sua dignidade por abonos passageiros. E que não concordamos com um radicalismo absurdo que prega o aumento zero em tempo de vacas magras ou gordas. Não ao aumento zero!
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro"
22.3.05
Fui ao show do Lenny Kravitz ontem. O cara é muito bom, mas sua banda é simplesmente inacreditável. A baterista, Cindy Blackmon, bate melhor que muito batera por aí. Que preparo físico. O guitarista solo, Craig Ross, dá a pimenta carnal do rock à levada soul/funk do baixista Jack Daley. Um Showzão, assim mesmo, com S maiúsculo.
Kravitz é fã do Kiss e as guitarras pesadas dos anos 70 (década em que ainda se sabia tocar guitarra de verdade) ecoam em sua música. Em dado momento, ele cantarolou um "Eh-he-he-hey-yeah" e pensei que fosse tocar "I love it loud", mas emendou um de seus petardos roqueiros.
Kravitz é fã do Kiss e as guitarras pesadas dos anos 70 (década em que ainda se sabia tocar guitarra de verdade) ecoam em sua música. Em dado momento, ele cantarolou um "Eh-he-he-hey-yeah" e pensei que fosse tocar "I love it loud", mas emendou um de seus petardos roqueiros.
19.3.05
Minha doce Elisinha está de molho, com o pé dodói, lá em Bom Jesus. Querida, espero que você melhore logo e volte para a redação em breve; o dia-a-dia nunca é o mesmo sem você.
Miss you dearly.
Miss you dearly.
A Crib Tanaka, com quem estou escrevendo uma nova história, bem devagarinho, finalmente abriu um blog próprio. Demorô.
Está aqui.
Está aqui.
Já se passaram duas semanas, mas eu queria saudar aqui mesmo assim a chegada do Pedro, filho de minha querida Alessandra Archer, que está numa fase maravilhosa de sua vida.
Alessandra, parabéns e que vocês todos sejam muito felizes.
Um beijo de seu amigo eterno, que está com muita saudade.
Alessandra, parabéns e que vocês todos sejam muito felizes.
Um beijo de seu amigo eterno, que está com muita saudade.
Hoje o "carpe diem" é a ordem na sociedade do tecno-capital; agarre o momento porque amanhã ele pode não mais existir. As celebridades que não têm nada a dizer já são famosas por bem menos de quinze minutos e as tecnologias se sucedem avassaladoras, sem misericórdia, maravilhando e às vezes assustando um pouco em sua voragem.
Mas, como eu sempre digo aos amigos, não há nada como conseguir, de vez em quando, ver as coisas pela primeira vez.
Ora, dirá você, mas hoje todo mundo já viu tudo.
Pode ser, responderei. Mas para mim tem uma coisa que jamais se repete e é uma das delícias de estar vivo: fazer uma nova amizade. Assim como quem não quer nada, num encontro casual, no meio do dia.
Ontem isso aconteceu comigo: eu já conhecia a pessoa, mas ainda não sentara para conversar com ela com mais profundidade. E ontem isso foi possível. O papo fluiu como o mar, em todas as direções, despreocupado, senhor de si, imprevisível. Rimos; falamos de nossos passatempos e aspirações; do trabalho; das angústias que afligem nossos cérebros bombardeados por tanta informação; dos sonhos e da vontade de aprender sempre mais; e eu, que acordara mal-humorado por estar duro (e por não ter recebido ainda um dinheiro com que contava), senti uma réstia de luz iluminando minha alma.
Foi tão bom, mas tão bom, que não percebemos o passar da hora. A Realidade, parafraseando Wilde em "Dorian Gray", chegou disfarçada do funcionário do restaurante onde estávamos, que apagou as luzes. Ah, que pena: tínhamos que voltar à lida.
Foi só um pequeno encontro, mas eu fiquei feliz; ando trabalhando demais e até gosto do agito do trabalho em movimento constante, mas isso também faz com que me sinta sozinho e um pouco angustiado às vezes. Conhecer um novo alguém para mitigar essa sensação é igual ao anúncio do cartão de crédito: não tem preço.
Espero que nos vejamos mais. Um brinde a estar vivo!
Mas, como eu sempre digo aos amigos, não há nada como conseguir, de vez em quando, ver as coisas pela primeira vez.
Ora, dirá você, mas hoje todo mundo já viu tudo.
Pode ser, responderei. Mas para mim tem uma coisa que jamais se repete e é uma das delícias de estar vivo: fazer uma nova amizade. Assim como quem não quer nada, num encontro casual, no meio do dia.
Ontem isso aconteceu comigo: eu já conhecia a pessoa, mas ainda não sentara para conversar com ela com mais profundidade. E ontem isso foi possível. O papo fluiu como o mar, em todas as direções, despreocupado, senhor de si, imprevisível. Rimos; falamos de nossos passatempos e aspirações; do trabalho; das angústias que afligem nossos cérebros bombardeados por tanta informação; dos sonhos e da vontade de aprender sempre mais; e eu, que acordara mal-humorado por estar duro (e por não ter recebido ainda um dinheiro com que contava), senti uma réstia de luz iluminando minha alma.
Foi tão bom, mas tão bom, que não percebemos o passar da hora. A Realidade, parafraseando Wilde em "Dorian Gray", chegou disfarçada do funcionário do restaurante onde estávamos, que apagou as luzes. Ah, que pena: tínhamos que voltar à lida.
Foi só um pequeno encontro, mas eu fiquei feliz; ando trabalhando demais e até gosto do agito do trabalho em movimento constante, mas isso também faz com que me sinta sozinho e um pouco angustiado às vezes. Conhecer um novo alguém para mitigar essa sensação é igual ao anúncio do cartão de crédito: não tem preço.
Espero que nos vejamos mais. Um brinde a estar vivo!
4.3.05
Peço desculpas pelas longas ausências; estou envolvido com vários projetos e nem sempre sobra tempo para vir cá.
Para compensar, aí vai mais um.
Dançando no mato
seu perfume colado a minhas têmporas
eu sinto a febre ascender
pela medula
e desejo namorar você
como nos eighties
quando namorar
ainda não era anacrônico.
Você é um tantinho doida
e me diz baixinho que me prefere
(ah, eu não posso com isso... ah)
e o perigo ali ao lado
torna tudo mais agudo, mais afiado
eu quero te beijar ali mesmo
e arrancar as convenções do seu corpo lindo
e tomar o lugar dos carrapichos
que povoam suas coxas.
Estou tonto
e selvagem
e descontrolado
e sozinho
à beira de um precipício tormentoso.
Venha você e sopre de mim
o barro da timidez
pois eu preciso viajar
com seu vento convidativo
e mergulhar no Estige dos amantes
que me chama
lá embaixo.
Para compensar, aí vai mais um.
Dançando no mato
seu perfume colado a minhas têmporas
eu sinto a febre ascender
pela medula
e desejo namorar você
como nos eighties
quando namorar
ainda não era anacrônico.
Você é um tantinho doida
e me diz baixinho que me prefere
(ah, eu não posso com isso... ah)
e o perigo ali ao lado
torna tudo mais agudo, mais afiado
eu quero te beijar ali mesmo
e arrancar as convenções do seu corpo lindo
e tomar o lugar dos carrapichos
que povoam suas coxas.
Estou tonto
e selvagem
e descontrolado
e sozinho
à beira de um precipício tormentoso.
Venha você e sopre de mim
o barro da timidez
pois eu preciso viajar
com seu vento convidativo
e mergulhar no Estige dos amantes
que me chama
lá embaixo.
18.2.05
Tinha tudo para dar errado: era uma festa de family day, longe para caramba, com turmas de diferentes sabores e idiossincrasias. Mas deu MUITO certo: foram consumidos oito engradados de cerveja, muito churrasco e até feijoada. Ninguém ligou para a chuvinha que caía intermitente: quando apertou, todos se sentaram na varanda da churrasqueira, falando mais bobagens à medida que a bebida subia e relaxava o cérebro. A toda hora um dos anfitriões passava do freezer garrafas de Antarctica com aquela capinha de gelo para um isopor ao nosso lado. E tome álcool e reflexões. Até que a música de que vinha do CD player de uma picape começou a chamar a galera, já à noitinha. Quase todas as mulheres estavam a fim de dançar, e dancei com elas, tonto e feliz, sentindo o perfume de cada uma e me concentrando no abraço e no ritmo (meditação é isso, com a vantagem de um corpo de mulher entrelaçado ao seu). Dancei samba, rock, disco e até american standards.
A van que ia nos buscar só chegou às duas da manhã. Mas eu teria dançado até as cinco.
A van que ia nos buscar só chegou às duas da manhã. Mas eu teria dançado até as cinco.
4.2.05
28.1.05
Fui ver "Closer". Embora um pouco longo demais, o filme tem um roteiro excelente e diálogos afiados. Ele mostra bem como, nos relacionamentos amorosos, afloram com mais facilidade nossas tendências (auto) destrutivas e como basta deixar as mazelas de nossas almas mal resolvidas se imiscuirem no dia-a-dia para ir sabotando nossaa visão do Outro. Natalie Portman é dona do filme (mereceu o Globo de Ouro). Ela e Clive Owen roubam a cena de Jude Law e Julia Roberts.
Ah, e a cena do chat de Law e Owen é uma das mais hilárias do cinema.
Ah, e a cena do chat de Law e Owen é uma das mais hilárias do cinema.
25.1.05
Fizeste de meu coração
o guisado do alquimista
e mexes nele devagar
querendo me transformar
no homem dourado do crepúsculo.
Eu te desejo
mas o sangue velho
de feridas
escapa
como os raios de Apolo
fogem do horizonte
que os aprisiona.
Liberta-me:
beija-me antes que eu fale
e me abraça com teus olhos curiosos
ó riscadora
de cidades elétricas
dentro do meu sistema.
o guisado do alquimista
e mexes nele devagar
querendo me transformar
no homem dourado do crepúsculo.
Eu te desejo
mas o sangue velho
de feridas
escapa
como os raios de Apolo
fogem do horizonte
que os aprisiona.
Liberta-me:
beija-me antes que eu fale
e me abraça com teus olhos curiosos
ó riscadora
de cidades elétricas
dentro do meu sistema.
16.1.05
Wal e eu estamos gripados, com febre e indispostos. E eu estou de plantão, neste fim de semana de calor (felizmente a redação é bem refrigerada, mas do ponto de vista da gripe isso não ajuda muito).
Hoje de manhã, eu me levantei desanimado, pensando no plantão que me esperava e nas tarefas para a semana que continua (no fim, acaba sendo uma "semana" de 12 dias direto no batente), inexorável. Ó Tempo indiferente às mazelas humanas...
Mas em dado momento levantei a cabeça do jornal que folheava e lá estava Rebeca, minha caçula: vendo-me jururu, trouxera uma bandejinha com um suco e um sanduíche para mim. Sorri, o dia já ganho, e agradeci ao Espírito silenciosamente pela minha sorte. Ter filhas amorosas: o que mais um homem pode querer?
Hoje de manhã, eu me levantei desanimado, pensando no plantão que me esperava e nas tarefas para a semana que continua (no fim, acaba sendo uma "semana" de 12 dias direto no batente), inexorável. Ó Tempo indiferente às mazelas humanas...
Mas em dado momento levantei a cabeça do jornal que folheava e lá estava Rebeca, minha caçula: vendo-me jururu, trouxera uma bandejinha com um suco e um sanduíche para mim. Sorri, o dia já ganho, e agradeci ao Espírito silenciosamente pela minha sorte. Ter filhas amorosas: o que mais um homem pode querer?