28.6.02

Metamorfose

Oh, esse maldito pêndulo que jamais cessa
A dor do canto e da alegria da natureza
E o brilho da luz impiedosa sobre meus ombros raquíticos
Estoure, íris, arrebente!
Os tímpanos são gongos de platina
Que vibram a cada estalo do moedor de cérebros podres
O verão aterrissa em minha saliva
E incandesce garganta abaixo
Até tomar todo o meu corpo
E com ele formar um só crepúsculo
Uma só infâmia.

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