Eu e Elisinha fomos ontem ao lançamento do livro de Cora Rónai "Caiu na rede", sobre aqueles textos falsos atribuídos a escritores famosos que certamente você já recebeu em sua caixa postal. O lançamento foi no 00, na Gávea, e apesar do calor, foi leve e divertido.
Esta semana, aliás, tem muitas festas. Sexta, o niver da Fátima Iocken, e sábado, dois outros aniversários, um em Nikiti City, outro no Rio. É sempre assim, há uns fins de semana repletos de coisas, e você ainda quer fazer outras... E existem aqueles em que nada aparece. Nem na televisão.
Talvez as festas me animem um pouco esta semana. Ontem já ajudou um pouquinho. É que estou completamente inquieto e taciturno estes dias. É quando bate aquela solidão lá no fundo, a solidão que anuncia mudanças... Escrever poesia pode ser basicamente resumido a isto: a tentativa (em vão) de exorcizar essa solidão.
Passei o último sábado ouvindo Janis Joplin e The Doors, talvez porque sejam artistas que comuniquem bem o desespero desse tipo de solidão. Em Janis, "Ball and Chain" é a música número 1 em termos de arrebentar com a alma do ouvinte. Você escuta a voz de Janis e quer entrar no aparelho de som, ir lá pro show e pegar a cantora no colo, dizendo "babe, não fique assim".
Já Jim Morrison é o poeta que mostra a falta de sentido da vida quando canta "The End" e "Riders on the storm". E os teclados de Ray Manzarek nos carregam docemente para o limbo.
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