Paraísos efêmeros
Estranha turbulência toma de assalto
O enorme bolo queimando
Que despenca das cinzas de nós.
Quebra-se tudo, trincam-se discos velhos,
Seca a saliva e desce o gás sufocante.
Eu me mato a pauladas,
Enfio o punhal no desejo
Transmuto-me de flor em planta carnívora
Bebendo insetos em grandes goles amargos.
Rabisco-me com a raiva dos olhos parados,
Da pedra teimosa de não entender
Eu viro tijolo que sobra, que se parte em dois
Que volta ao farelo mas tem que correr.
Tem que correr, mais, mais e mais,
Até desaparecer em bolhas
Paraísos efêmeros.
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