Olhando a história das sombras do blog da Tia Cora, lembrei-me deste poema tristonho que escrevi há alguns milênios.
Minha sombra
Minha sombra é um fardo
infinito;
Longa noite sem sonhos,
tormenta nervosa e mesquinha.
Ela me segue pelas ruas e bares
e bebe comigo a neblina fria
de um ardor há muito esquecido.
Assim o poema se inscreve e se perde na eternidade:
a vida é feita de sombras
e de sombras os raios
de meus sóis mofados.
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