Nada contra a ciência, mas às vezes os cientistas tiram a graça das coisas. Descobriram que o Oráculo de Delfos era instalado sobre falhas geológicas que liberavam mesmo os gases tóxicos que provocavam as alucinações e, conseqüentemente, as obscuras profecias das pitonisas na boa e velha Grécia. Tudo bem, mas concluir por isso que os gases não eram nada sagrados é tirar toda a magia e o charme da história de um povo que viveu sempre ligado à noção de Destino. Toda a maravilhosa mitologia grega é baseada nisso. E os deuses têm seus caminhos misteriosos em todas as épocas. Ah, deixem os gases de Delfos continuarem um símbolo dos humores de Apolo!
Anos atrás, arqueólogos pesquisavam uma região do Mar Vermelho em que as marés variavam sobremaneira nos tempos biblícos, e sugeriu-se então que teria sido esse fenômeno o responsável pela famosa Divisão do Mar Vermelho durante o êxodo dos hebreus do Egito. Mas é tão legal imaginar que Moisés dividiu o mar com seu bastão, a mando de Deus...
Existem grandes feitos científicos que partiram da imaginação de seus autores. Descobertas que nasceram de simples observações criativas e geniais. Mas por que a ciência não deixa à História o quinhão de imaginação e maravilhas que lhe cabe?
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