T(r)emores
Quedo-me quieto a seu lado.
As palavras fogem, a garganta seca
Paixão silente, tão tímida
Buscando ecos, vagando sedenta de frestas
Vales úmidos no seu peito indevassável.
Perco-me em cismas quentes e fugidias,
Medos e rodas vivas de angústia,
Vazios estranhos de olhos sem fundo.
Revelo ao inferno um só desespero,
Busco os demônios que me fizeram inerte
Sou dono da sina da eterna pergunta
Do gosto amargo do inesperado
...Os poros das mãos se inundam de suor
O corpo me queima, deserto de sangue,
Temendo uma nova, terrível explosão.
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