30.7.04

A internet brasileira, wireless ou não, perde parte de seu charme com a partida inesperada do Fervil. Meu caro, vai sossegado que seu brilho, centenas de vezes demonstrado aqui, continuará pelas esferas celestiais.

Quando é que esse governo federal vai resolver intervir no nosso Estado tão amedrontado?

29.7.04



Eu diante do palácio imperial de Gyeonbokgung, na Coréia. Um verdadeiro labirinto de construções, com um interessante sistema de aquecimento através de pedras. Nos fundos, há um lago com carpas enormes.

O povo coreano é gentil e o metrô de Seul é muito bem organizado. Esta visão do palácio é exatamente a que se tem ao sair da estação local. É de tirar o fôlego.

26.7.04

Moçada, estou de volta.

Perdoem o longo tempo sumido, é que estive envolvido numa longa viagem -- no sentido literal e no metafísico -- nas duas últimas semanas. Fui a trabalho ao Extremo Oriente -- Coréia e Japão -- onde o sol nasce e derrama sua sabedoria milenar sobre este planeta. Fui a templos budistas, vi monges orarem pelos mortos e o povo pedindo graças diversas ao Iluminado (de saúde a fertilidade); vi as belezas do palácio imperial de Gyeonbokgung, em Seul, um labirinto de construções tecido pelas necessidades políticas de seu tempo; e observei fascinado Tóquio à noite, com um quê da Los Angeles vista em "Blade Runner", os viadutos sem fim, as rodas gigantes criando arabescos de caleidoscópios.

Vi também o futuro frenético da tecnologia, que estou começando a descrever em matérias.  Celulares com televisão ao vivo, centros de lazer equipados com tudo que é aparelho, serviços de mapeamento sofisticadíssimos.

O Oriente dá realmente um nó na cabeça ocidental, por mais rápida que seja a visita. Contarei mais nos próximos posts.

 

3.7.04

Para J.

Tão jovem e tão séria,
dear, você me faz pensar
se rir de nossas convicções
não é um luxo da maturidade.

Ame-se mais; deixe a
gargalhada
vir lá do fundo do abismo
e sacudir as estrelas;
mire-se na desfaçatez
de Tom, o gato,
e refestele sua alma
numa ofurô tépida
encravada no bosque do Devaneio.

Sim, é preciso montar a Vida
e ser hábil com as rédeas
e domá-la;
mas ao fim e ao cabo
é tudo miragem
então guarde as bobagens
na caixinha de jóias
e deite fora as certezas,
que elas são moventes
como as areias do deserto.

Um beijo.