26.7.06

Da correspondência de Ruprecht von Wallenstein:

"Meu prezado,

Fazia muito tempo que eu não me apaixonava assim, meio que platonicamente. Não de todo; não posso mentir. Mas é aquela qualidade de sentimento que não se quer abrir na mesa; este amor é como um ser delicado, para quem a luz do sol pode significar o fim. É um sentimento quase contemplativo, em que se é capaz de olhar a sua eleita por horas a fio, como se ela fosse um quadro pintado por um grande mestre -- um quadro móvel. E suspirar por aquela juventude, aquele frescor, aquela vida espalhada em sua volta displicentemente, sem a consciência de que os anos espreitam e o viço não durará. E vem junto com tanta afeição um desespero silencioso, um pedido secreto ao Espírito para que ela não envelheça, que seja sempre essa perfeição, que não perca sua presença, nem sua doçura. Estar vivo é estar prestes a se machucar. E eu não quero ver um traço de dor em seus braços, em seus olhos, não quero sentir o travo amargo sob as tiradas aparentemente espirituosas que só vicejam após a mágoa... É. Eu acho que vou ter de pintá-la, mesmo. Só a arte vence o pulsar impiedoso do relógio e o sadismo dos calendários... "

21.7.06

De volta de Sampa, onde fui cobrir uma exposição de arte tecnológica. Extremamente interessante. Mais detalhes, no Info etc de segunda-feira.

Muito fraquinho este filme novo do Super-Homem. Até minha filha caçula achou que tinha drama demais e ação de menos. Deu sono. Os heróis da Marvel deram mais sorte que os da DC no cinema: a trilogia dos X-Men é soberba, e os filmes do Homem-Aranha me tornaram fã do herói, cujas histórias em quadrinhos nunca havia lido. Da DC, salvou-se o Batman do "Batman Begins", espetacular.

Quer se divertir mesmo no cinema? Vá ver "Os sem-floresta", desenho mais que animado. Eu ri sem parar.

12.7.06

Pus o ponto final, após um longo semestre, em meu próximo livro de tecnologia, que vai tratar de segurança da informação.

Acho que agora vou ter algum tempo para correr atrás da ficção.

6.7.06

Acabo de dar uma palestra sobre tecnologia e comportamento. Como eu sempre digo, em público prefiro tocar guitarra a falar, mas estou me acostumando a dar conferências, faz parte da profissão jornalística. Quando é alguma intervenção rápida, consigo falar de improviso com relativa tranqüilidade. Mas neste caso me pediram 45 minutos. Então preparei um texto, slides e ensaiei antes, para não falar correndo (falo sempre com muita velocidade no dia-a-dia). Deu tudo certo no fim. Ufa!