29.5.05

Sou poeta
e onde tu vês chuva e vento
eu vejo a fúria das esferas e cristais derretidos
Torneio palavras
e onde tu lês o fato
eu percebo a conjuração de almas impenitentes
Escolho a pena
e onde tocas a textura da tinta
eu sinto o cheiro de sangue.

Eu não tenho profissão
Eu não tenho planos
Eu não tenho a porra da sinergia
com o universo mesquinho
dos escravos engravatados
da mais-valia globalizada.

Eu sou só poeta
e o poeta, se for um navio, será sempre o Titanic
se for uma ilha, será sempre Krakatoa ou Santorini
se for um dirigível, será sempre o Hindenburg
se for uma civilização será sempre inca, maia, asteca ou sioux.

Eu sou poeta
e morro um pouco a cada verso.
Mas é isso o que ilumina o instante.

18.5.05

Um de meus filmes favoritos é o musical "My fair lady", baseado em "Pigmalião", de Bernard Shaw. E o pai fanfarrão da personagem de Audrey Hepburn, Alfred Doolittle, canta algumas das mais divertidas músicas. Como "With a little bit of luck". Aqui, alguns trechos...

The Lord above gave man an arm of iron
So he could do his job and never shirk.
The Lord gave man an arm of iron, but
With a little bit o' luck,
With a little bit o' luck,
Someone else'll do the blinkin' work!

The Lord above made liquor for temptation,
To see if man could turn away from sin.
The Lord above made liquor for temptation, but
With a little bit o' luck,
With a little bit o' luck,
When temptation comes you'll give right in!

17.5.05



Elis Monteiro, eu e, no fundo, a doce Mariana Ceratti num recente evento de telecom. Dia de trabalho, mas também do prazer de reencontrar os coleguinhas.