23.4.08

É solitário aqui
sem os seus sonhos por perto
sem seus planos
sem sua voz intensa, seus olhos brilhantes;
é para você que escrevo, mulher singular.

O mundo passa a marcha e joga sua lama de costume
mas na mesa gasta a ele não mais pertencemos;
somos um com as estrelas tristes
com o beijo tiritante das utopias
com o Agora.

Ali não sou eu no espelho
-- você tudo muda ao erguer
a pálpebra
o vento
minha alma dormente.

Por isso é solitário aqui
sem minha pitonisa particular.

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