27.12.04

Passei o Natal no sítio da família, um lugar repleto de sons da natureza -- de pássaros pela manhã a grilos e rãs noite adentro -- e, não fossem as comemorações natalinas dos humanos, um recanto de quietude interna também. Meu lugar favorito por lá é um velho escorrega de piscina trasladado para baixo de uma mangueira copada e de sombra convidativa. Aproveitei para ler até o fim um clássico: "Enterrem meu coração na curva do rio", de Dee Brown, que conta a história do Velho Oeste do ponto de vista dos índios e mostra como o homem branco mentiu até a medula para ir tomando aos poucos o território das tribos de nativos do continente. Não pude deixar de pensar que Bush e companhia usaram exatamente as mesmas táticas para fomentar a guerra no Iraque. Nada parece ter mudado.

Bom, mas até que a festa foi tranqüila e as crianças curtiram, felizes -- o mais importante. Espero que todos tenham tido um Natal sossegado. E para 2005 e além, vamos torcer para que apareça uma liderança neste país realmente determinada a torná-lo mais seguro, com instituições que possamos legar para as futuras gerações, de modo que elas voltem a compreender o sentido da palavra esperança.

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