17.12.01

Galera, confesso que cansei desses comments que vão e vêm. Agora, vou linkar meu e-mail ao fim de cada post, vai ser mais fácil.
Eis mais alguns poemas para compensar a falta de atualização do "Comentários" nestes últimos dias....

Onde está você?

Rodelas de fumaça envolvem meu quarto
E pergunto às paredes onde está você.
O poema vacila, tonto e cabisbaixo
Onde está você?

Se o vento que penetra meus olhos
Ao menos trouxesse as notas da melodia perdida,
A voz retornaria às minas
E o passado iria fundir-se com o futuro
Nas pupilas de nossas línguas escaldantes.

A entrega selvagem do vento ao fogo, ah!
Chagas de prazer no ventre congesto!
Onde está você?
Onde está você que transformou o universo numa alcatéia de becos sem saída?
Eu não conheço o antídoto!
Não, não me atrevo a desafiar o cálice inesgotável
Da planície estrelada.
Desejo, sim, construir o labirinto da demência
Tecer a teia da Sabedoria e da Loucura
E nela aprisionar para a eternidade
O amor perdido em nossas bocas secas e silentes.


Poema que parou aí

Desci ao âmago
O que nos aconteceu?

Poema que foi mais além

Descemos ao âmago
Quem sabe dessa vez acertei na mosca?
Logrei olhá-la tão fundo
Que esqueci a cor dos meus olhos.
Ah! Mas eu já disse que não quero cores primárias
Quero hibridações
Salivas soda cáustica
Aaaaah!
Quero que sua língua explore tudo
Amo essa boca que me percorre
No beijo e no discurso
Adoro a pergunta que me embebe
Venero a resposta que não sei dar
...Deixe que eles desafinem.

Hoje eu sei tudo sobre as estrelas da madrugada
Recito seu horóscopo de cor
Amanhã será névoa...
...Amanhã será névoa
Então darei corda no meu relógio embolorado
Colocarei você na gaveta
E reintegrarei o suicídio coletivo
Terei eu ido longe demais?

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