23.11.01

Um pouco de erotismo hoje, que meu desejo está inflamado.

Uma proposta indecorosa

Hoje, agora, eu desejo o poema sensual
Aquele que conta, desnuda, revela mistérios
Segredos loucamente trancadosamilchaves
De como seus seios arrebitados
Embebem-se no âmbar que escorre de meus lábios grossos
E de como pêlos louros e morenos misturam-se
E criam tons miméticos, tantos milhões de cheiros
Que não mais se distinguem as pupilas
Que se dilatam e turvam e molham o rosto.
Sede de mordiscadas nas cordilheiras dos lóbulos
Oh, como as línguas fazem tudo brilhar
No reflexo do leito exalando rum
Descendo as coxas prostradas em qualquer lugar,
qualquer lugar...
Ânsia, ânsia, mais rápido, mais, mais, mais --
Medo da fuga zombeteira do prazer
Ou da noite rubra e fresca
Quando nossas peles derretem-se e fundem-se
Naquela chamada a rosa azul
Cujos espinhos só aparecem na manhã que ofusca
E que faz lembrar
Que talvez precisemos
De outra salvação além desta...

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